No dia dois do mês de março os alunos do curso Operador/a de Distribuição da Forave deslocaram-se à cidade de Braga- Theatro Circo – para assistir à encenação da obra de Gil Vicente: Auto da Barca do Inferno, pelas onze horas da manhã. Esta obra faz parte do plano de estudos do curso e foi pertinente assistir à passagem do papel para o palco do tão conhecido Auto de Moralidade.

No mundo em que a maldade, o orgulho, a usura, a vulgaridade, o egoísmo, o fundamentalismo, a inveja, a mesquinhez e o falso modernismo cristão estão cada vez mais vincados na sociedade em que vivemos, acresce a importância dos nossos jovens constatarem a realidade que Gil Vicente quis tornar intemporal.

O ser bom ou mau é muito subjetivo, mas pode definir o lugar que ocupamos na comunidade em que vivemos. Procuramos sempre o bem? Não se pratica o mal? A estas questões o autor tenta dar resposta e elucidar de que o que em vida se faz será alvo de julgamento após a morte. E a Companhia de Teatro de Braga, em demanda da modernidade, faz uma revisão do texto vicentino e do prazer do jogo teatral.

Os alunos revelaram grande satisfação pela participação e visualização da representação da obra. Reforçaram a importância de sair da sala de aula para uma sala de espetáculo e de uma forma agradável assistirem e reverem a obra que já haviam estudado. Assim puderam verificar a tal modernidade que a companhia lhe acrescentou e perceberam que no século XXI a obra de Gil Vicente é atual, as personagens poderiam ser retiradas da nossa sociedade e serem alvos de juízos de valor.